Momento é importante para que a rede de combate à violência contra a mulher seja cada vez mais fortalecida a partir da base, que é a educação
A Prefeitura de Gravatá sempre trabalha em prol da luta pelo fim da violência contra a mulher. Por meio da Secretaria da Mulher SECMULHER, várias ações e políticas públicas têm sido adotadas no município com a finalidade não apenas extirpar a violência contra o ser feminino, como apoiar as vítimas desses atos e instruir as novas e antigas gerações quanto aos direitos da mulher.
Dentro desse espectro, desde o início da gestão do prefeito Joselito Gomes, em 2021, há um impulso ao Agosto Lilás, que é o mês que marca a luta pelo fim da violência contra a mulher, pois foi em agosto de 2006 que a Lei Maria da Penha foi sancionada. Por isso, a administração pública do município trabalha uma agenda recheada de atividades durante esse mês. Mas as ações municipais não se resumem ao mês de agosto.
Ao longo de todo o ano a Secretaria da Mulher trabalha com ações que são voltadas ao fim dessa “cultura” advinda do machismo sistemático. Exemplo disso é a reestruturação do Programa Maria da Penha Vai à Escola, que, numa parceria da SECMULHER e da Secretaria de Educação – SEDUC, teve atuação direta em quatro escolas do município (Monsenhor José Elias de Almeida – CAIC, Amenayde Farias do Rêgo Barros, Capitão José Primo de Oliveira e Edgar Nunes Batista) e alcançou, aproximadamente, 735 alunos que receberam a formação do programa, que culminou com uma exposição no auditório da SEDUC.
Alguns alunos que participaram do programa e da exposição foram convidados para participarem da confecção da cartilha Salve Marias – Histórias Ilustradas, produzida pela SECMULHER, juntamente com a SEDUC e a Secretaria de Comunicação Social e Imprensa – SECOM, e que aborda a temática dos diversos tipos de violência contra a mulher.
A partir disto, os professores das quatro escolas que participaram do Programa Maria da Penha Vai à Escola, foram convidados para uma capacitação da cartilha, que ocorreu na terça-feira (15), no auditório da SEDUC, com a mediação da secretária da Mulher, Ester Gomes, da executiva da pasta, Gleizy Gueiros, e da assessora jurídica da secretaria, July Karem. Na grande roda de discussão criada, os professores puderam apresentar suas percepções e conheceram todo o material desenvolvido para ser trabalhado na educação.
A professora Cristiana Henrique, que leciona na escola do CAIC, expressou a sua percepção sobre o trabalho desenvolvido pela gestão sobre o tema. “É importante, sim, a Secretaria da Mulher estar levando esse tema para os formadores de opinião, que são os professores, porque nós somos pessoas que têm o contato constante com as crianças. Infelizmente no século XXI muitos casos de violências ainda acontecem dentro das famílias, então quando a gente leva, existe um órgão competente que pode fiscalizar, dar apoio as essas crianças, elas podem buscar essa ajuda e a gente, a cada ano que se passa, ir fazendo com que a mulher seja valorizada na sociedade, elas são mães que estão perto dessas crianças e a gente sabe que a criança aprende quando ela se sente amada e protegida. Então, para que o processo cognitivo seja efetivado, a criança também precisa estar bem com o psicológico e a saúde mental bem, então quando a Maria da Penha vai à escola é mais uma barreira que a gente está enfrentando para que os órgãos competentes possam estar perto dessas crianças e possa proteger essas mulheres.”
Ester Gomes destaca a importância da educação para esse processo. “Mais uma atividade dentro da grade da programação do Agosto Lilás, dessa vez voltada para a rede de professores e professoras do ensino municipal, para a utilização da Cartilha Salve Marias – Histórias Ilustradas, cartilha essa que foi resultado das oficinas desenvolvidas nas escolas, das oficinas do Maria da Penha vai à Escola. A cartilha é uma compilação de quase um ano de oficinas e sempre nessa pespectiva de combate e enfretamento à violência contra a mulher. Então, desse modo, a gente entendeu a importância de promover essa formação para a boa utilização da cartilha como uma ferramenta de transformação social. Então a gestão pública municipal, através da SECMULHER, em parceria com a SEDUC, vem buscando desenvolver essa oficina para que professoras e professores façam um bom uso, de fato utilizem a cartilha nas suas práticas educionais para que, juntos e juntas, possamos, de alguma forma, dirimir essa violência ainda tão presente em nossa sociedade.”
Reportagem: Filipe Vasconcelos
Fotos: Nilson Silva (SECOM)