Definições aconteceram em reunião de pactuação entre as instâncias municipal, estadual e federal
O prefeito de Gravatá, Padre Joselito Gomes, teve reunião com autoridades das esferas municipal, estadual e federal, além de especialistas em abelhas e representantes da empresa Vertical, na manhã desta quinta-feira (12), no gabinete do Paço Municipal.
A reunião aconteceu para definir como será a retirada dos enxames de abelhas africanas que estão instalados na passarela que fica na BR-232, próximo ao posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), um impasse que acontecia desde 2015.
Neste intervalo de seis anos, quatro pessoas foram atacadas no local: uma mulher, duas crianças, sendo uma delas atacada duas vezes em momentos diferentes, e um idoso de 78 anos, que não resistiu aos ferimentos provocados pelas ferroadas e faleceu.
De acordo com especialistas do Centro de Estudos de Insetos Sociais da Universidade Estadual Paulista (UNESP), as abelhas africanas atacam em maior número e em apenas 30 segundos são capazes de injetar oito vezes mais toxinas nas vítimas.
Por isso, o prefeito Padre Joselito cobrou rapidez para resolver a questão, pois além do risco de levar ferroada das abelhas durante a passagem na passarela, os moradores do Sítio Casa Nova, principalmente, correm risco de atropelamento ao tentar a travessia pela pista de alta trafegabilidade de veículos quando evitam o trajeto da passarela.
Participaram da reunião o secretário de Segurança e Defesa Civil de Gravatá, Major Gilmar Oliveira, o executivo da pasta, Irnaldo Pedro, o coordenador de Defesa Civil de Gravatá, Elizeu Vieira, representantes do Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER-PE), além de representantes da procuradoria do município, do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA e da empresa Vertical.
Tarcísio Batista, apicultor há mais de 20 anos, será o profissional responsável pela erradicação dos enxames no local. Ele explica como será a atuação. “Vamos realizar a vedação provisória na estrutura da passarela, para que aconteça a retirada das abelhas e o DER virá fazer a inspeção na estrutura. É um trabalho delicado, porque só em uma passarela existem nove enxames e as abelhas africanas são imprevisíveis e tem uma grande quantidade de fuga no local. A média de 15 a 30 dias creio que será suficiente para resolver todo o problema da passarela”.
O secretário de Segurança e Defesa Civil de Gravatá, Major Gilmar Oliveira, falou das definições da reunião. “Ficou decidido, nesta reunião proveitosa, que o município vai arcar com as despesas relativas à empresa que fará a retirada das abelhas, o DER-PE terá participação na manutenção da estrutura da passarela, através de vistoria técnica, para que veja a possibilidade das fissuras serem fechadas e as abelhas não retornem. A ação é urgente e necessária, porque as pessoas estão se arriscando ao passar por quatro faixas em via de trânsito intenso e queremos o retorno dessas pessoas pela passarela”.
O prefeito, Padre Joselito, afirmou que “nós acolhemos o problema já no início da gestão, fizemos uma vistoria no local e convocamos os órgãos competentes para que houvesse uma partilha de funções e chegamos a uma decisão. É preciso retirar as abelhas, depois fazer um trabalho de estruturação e recuperação da passarela, de modo que ela continue segura e do ponto de vista da engenharia isso será feito. É necessário que esse trabalho traga segurança e tranquilidade para a população que reside no Sítio Casa Nova, que precisa transitar naquele local e assim queremos continuar com o trabalho, porque o nosso compromisso é com as pessoas”.
Reportagem: Ana Paula Figueirêdo
Fotos: Ednaldo Lourenço (SECOM)