Equipe do CAPS II proporcionou uma manhã diferente aos seus usuários e destacou a importância da luta, da inserção na sociedade e o cuidado em liberdade

No dia 18 de maio é celebrado o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, e o Centro de Atenção Psicossocial de Gravatá – CAPS II preparou um momento diferente e especial para seus usuários no Parque Janelas para o Rio.

Com o tema “Trancar não é cuidar. Liberdade e resistência contra toda forma de manicômio” foi proporcionado uma manhã leve e interativa que tem o intuito de dizer à sociedade que trancar as pessoas diferentes é uma prática ultrapassada, que temos que buscar o lado humano e que mesmo com os transtornos essas pessoas podem viver dentro da nossa sociedade.Portanto, levar os usuários ao parque é sair das paredes, dos muros, soltar essa expressão e o direito de dizer que eles são diferentes, mas precisam ser respeitados e podem ser cuidados em liberdade.

A enfermeira Amanda Gabriela e o educador físico Daniel Mariano, que fazem parte da equipe multiprofissional da Secretaria de Saúde, foram os responsáveis por levar atividades como alongamento, relaxamento e caminhada, que fazem bem à mente e ao corpo.

Alcineia Alves, usuária do CAPS II, estava bastante feliz com esse dia: “Essa manhã para mim e para meus amigos tenho certeza que foi ótima, estávamos precisando de dar uma modificada. Lá nós temos todos os acompanhamentos que for preciso, mas precisamos conhecer outras pessoas, outros lugares, é uma coisa magnífica. A equipe CAPS é minha família, é nossa família, eles representam tudo. Quanto a essa ideia que tiveram de fazer uma manhã de CAPS diferente, ao ar livre, Deus está tão feliz com isso. Só de olhar esse céu lindo, as árvores e poder respirar esse ar puro é bom demais, gente, vocês não tem noção. Eu estou muito feliz e creio que todos os meus amigos estão”. 

Patrícia Silva é a coordenadora do CAPS II e explica que “esse ano o tema é ‘Trancar não é cuidar. Liberdade e resistência contra toda forma de manicômio’, porque voltar o que já foi não cura ninguém, não cuida de ninguém e não respeita ninguém. Então, essa parceria aqui no Parque Janelas para o Rio, com direito a ciranda, a relaxamento junto com a equipe multidisciplinar, esse esclarecimento, esse contato com a natureza, o lanche coletivo e a gente dizendo para a sociedade que somos todos diferentes, mas a gente só quer respeito e espaço para que a gente possa dizer que saúde mental se faz em qualquer lugar”.

Reportagem: Mathilde Souza

Fotos: Nilson Silva (SECOM)