Produtos vindos da Agricultura Familiar do município garantem saúde, que andam de mãos dadas com o desenvolvimento escolar

A aprendizagem tem relação direta com a boa alimentação dos estudantes e os merendeiros da Rede Municipal de Ensino de Gravatá seguem um cardápio elaborado por nutricionistas, com ingredientes frescos e selecionados, um compromisso da Prefeitura, por meio da Secretaria de Educação, em oferecer uma merenda nutritiva e equilibrada. 

Às segundas-feiras, as escolas recebem os produtos frescos vindos da parceria com a Agricultura Familiar de Gravatá, que representa 70% dos alimentos que vêm da terra, entre frutas, verduras, legumes, tubérculos e folhas que garantem alimentação de qualidade e saborosa todos os dias. Em visita ao Departamento de Alimentação, a equipe da gestão municipal atestou a qualidade dos alimentos dos produtores locais.

Sandra Milena Moraes de Souza, diretora do Departamento de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação de Gravatá, explicou como se dá essa distribuição. “Hoje, nas segundas-feiras, nós recebemos os produtos da agricultura familiar. São as frutas, as verduras, os legumes, os tubérculos e são produtos de matamento natural, que hoje compõem o nosso cardápio em cerca de 70% da agricultura familiar local. Esses produtos são direcionados às 43 unidades escolares que o município de Gravatá atende. São os anos iniciais, os anos finais, EJA (Educação de Jovens e Adultos), creches e integrais. A gente tem o compromisso de entregar uma alimentação segura e saudável para os nossos alunos. São cerca de 8.030 alunos diariamente que desfrutam dessa alimentação. Cada aluno tem direito a duas refeições por dia. Ao chegar na escola, eles são recebidos com uma fruta, um leite com biscoito, um suco de fruta e iogurte. Seguem para a aula e no horário do intervalo eles têm a segunda alimentação. Tudo completo. A gente começa de macarrão com carne moída, papa, macaxeira com guisado, inhame com carne moída, com carne de charque, que nas sextas-feiras é a merenda que eles mais gostam, que é servido o almoço, um prato completo com legumes, com verduras, pirão, arrumadinho, feijão carioca, uma feijoada light, acompanhada de arroz, macarrão, farofa. Esse é um prato nas sextas-feiras que realmente é um diferencial na alimentação escolar de Gravatá. É muito gratificante. Eu tenho orgulho de fazer parte dessa gestão, pois é uma gestão que tem compromisso com a sua população. A gente pode ver aqui hoje a quantidade de alimentos que nós estamos recebendo. Isso aqui é semanalmente, não é uma vez por mês, não é uma vez por quinzena. Essa quantidade que vocês estão vendo aqui semanalmente nós recebemos, semanalmente nós distribuímos, então semanalmente as escolas recebem produtos frescos para a produção da alimentação escolar”. 

Aline Margarida, nutricionista da Secretaria de Educação de Gravatá, explica que além da qualidade alimentar, são levados em consideração os produtos fortes de cada estação do ano. “A intenção é a gente variar o cardápio o máximo que a gente pode com os alimentos naturais. O que vem da Agricultura Familiar é um dos grupos principais que compõem esse cardápio. Ele é formado por 70% da composição desse cardápio, que é servido totalmente de produtos naturais, como as raízes, os legumes e as verduras. E não é só isso, mas também a gente deve considerar a questão da sazonalidade dos alimentos que estão na época. Então a gente não vai colocar o item que não tenha naquele momento, até por conta da sustentabilidade, que a gente também leva isso em consideração. Então tem a época do abacaxi, que é esse momento, por exemplo, a gente está em oferta de abacaxi. A gente está fazendo oferta com a laranja, então são produtos que estão de melhor qualidade, para servir para os alunos. E é isso que a gente tenta oferecer, com muito amor e carinho, e as necessidades dos alunos serem atendidas, neste ano letivo. A questão da cognição também está envolvida diretamente com a questão da alimentação. Então uma criança bem nutrida é uma criança que vai ter um aprendizado melhor. Vai melhorar o foco, a concentração, não vai ter aquele desânimo. A gente também tenta fortalecer muito essa questão para que esses alimentos também agreguem nessa questão da cognição e do desenvolvimento deles. Para mim é um orgulho fazer parte da alimentação escolar, a gente atender a demanda das crianças desde o desenvolvimento, até os adultos. Então, é motivacional demais a gente ver aquela criança, aquele adulto se alimentando com as comidas naturais, com a comida bem servida que a gente oferece. Então, é muito gratificante”. 

Reportagem: Ana Paula Figueirêdo

Fotos: Anderson Souza (SECOM)