O professor de educação física, Marivânio José da Silva, venceu a etapa da nova modalidade esportiva, genuinamente pernambucana

O programa Esporte Espetacular, da Rede Globo, apresentou, na edição que foi ao ar no último domingo (14), a história do gravataense e professor de educação física, Marivânio José da Silva.  

Ele participou da grande final do Desafio Um pra Um do Esporte Espetacular, o X1 do Recife, na Arena Bola de Ouro do Caxangá, na capital de Pernambuco. A disputa foi entre ele e o carioca Leleti e o Professor Marivânio, como é conhecido por todos, foi o primeiro campeão desta competição. 

O atleta nasceu e morou parte da vida no distrito de Uruçu-Mirim, área rural de Gravatá, onde trabalhou na roça, mas saiu de lá para estudar e hoje leva o título de docente com orgulho no nome, pois leciona educação física em escolas públicas e também está concluindo um doutorado em educação na Universidade Federal de Pernambuco.

Professor Marivânio recorda como tudo começou. “Essa minha história começou pela brincadeira, pelas características do jogo e pela qualidade do jogador. O atleta tem que ter características específicas, como resistência, força, uma boa finalização, que pode ser treinada, mas que tenha principalmente disciplina. Às vezes você vê um jogador craque, muito habilidoso, porém não gosta de marcar, não gosta de defender e esse é um jogo que são apenas você e Jesus Cristo. O que chama mais atenção é a questão dos valores que estão envolvidos nesse jogo, pois as pessoas estão apostando alto”.  

Como bom pernambucano, Professor Marivânio defende que a origem do esporte nasceu aqui e fala de algumas competições importantes. “Pernambuco tem todos os registros de que o esporte começou aqui e em Recife, pelo pessoal da periferia. A brincadeira, na verdade, é nacional e internacional, mas a modalidade esportiva é genuinamente pernambucana. Já temos as competições oficiais e inclusive essa que fui campeão da etapa Recife, que é o campeonato nacional, e eu vou para as finais. Eu estou entre os quatro melhores do Brasil. A previsão é que em novembro será a etapa final e a gente vai decidir”.

Para chegar a esse nível, o atleta gravataense precisa de muita dedicação. “Minha rotina de treino é intensa e apesar das tarefas diárias como professor de educação física, tenho que reservar oito horas por semana, no mínimo, para o X1, e treino Fut7 nos outros dias”.

Para finalizar, Professor Marivânio fala dos próximos desafios no esporte. “Viajo para São Paulo para participar de um evento da CBF de divulgação dessa modalidade do X1 e no próximo dia 12 de setembro vou para Santiago, no Chile, para jogar pela seleção brasileira de Futebol 7, da Confederação Nacional, representando o Brasil. Fui convocado para jogar a Copa América do dia 13 ao dia 20. Retorno ao Brasil no dia 22. Para o X1 não temos um padrão técnico, pois estamos em processo de profissionalização e por isso esse evento da CBF que vamos é tão importante. É uma modalidade que não é amadora, porém ainda não está registrada como esporte, porque ainda não tem uma instituição que regularize todas as regras. Temos o Desafio X1, que é representado pela F12, que gerencia essas regras”.

Reportagem: Ana Paula Figueirêdo  

Fotos: Marcone Barros (SECOM)