O objetivo desta palestra é divulgar que o município tem espaço para tratar a saúde mental e promover a valorização da vida.
Na manhã da quinta-feira (21), a equipe do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II, ministrou a palestra sobre o Setembro Amarelo para os policiais militares da 5ª CIPM da cidade de Gravatá. Essa realização é uma iniciativa da Prefeitura de Gravatá, por meio da Secretaria de Saúde.
O objetivo desta palestra é divulgar que o município tem espaço para tratar a saúde mental e promover a valorização da vida.
Apesar desta luta de prevenção à vida acontecer ao longo do ano, o mês de setembro e a cor amarela foram escolhidos porque, em 1994, o jovem americano Mike Emme, de 17 anos, tirou a própria vida em seu Mustang amarelo 1968.
O enfermeiro do CAPS II, Gutemberg Oliveira, fala da necessidade de apresentar a palestra do Setembro Amarelo no batalhão da 5ª CIPM: “Hoje decidimos fazer a palestra do Setembro Amarelo no batalhão da 5ª CIPM, porque vimos a necessidade da preservação da vida. E os dados de suícidio cometidos no ano passado por policiais militares no Brasil são altos, foram 69 militares, segundo os dados e Pernambuco está em segundo lugar com sete policiais que cometeram o suicídio”.
Comandante da 5ª CIPM, tenente Moisés, fala: “Esse é um momento pra gente louvar essa parceria positiva que a força pública estadual tem aqui no município, principalmente quando se trata em assuntos pertinentes à qualidade de vida dos nossos policiais, na realidade a gente tem lembrado como comandante que a gente não gere coletes, viaturas e armas propriamente, a gente gere pessoas. É lamentável que a nossa sociedade tenha passado por essa crise coletiva de saúde pública quando é direcionado a essa prática ruim do suicidio, a nossa instituição não diferente dos outras restante do país, nós temos quase periodicamente infelizmente perdido vidas de profissionais, pais, mães e filhos por essa doença tão séria que nos abarca hoje, e são vários são por vários motivos. A nossa vida profissional nem sempre nos permite prestar atenção aos nossos comandados, a vida do policial realmente é corrida, e muitas vezes alguns insistem em enfrentar essa labuta sozinhos, não veem segurança e nem uma luz no fim do túnel. O fato é esse, o suicidio é uma realidade que nos acomete dentro dos nossos quartéis, eu hoje, transmito a nossa alegria e satisfação em receber o núcleo especial da Prefeitura para nos ajudar a enfrentar essa batalha diária”.
Para aqueles que precisam de ajuda psicológica, o CAPS II fica localizado na rua Izaltino Poggi, Prado, Gravatá, ou ligar para o Centro de Valorização da Vida (CVV) 188.
Reportagem: Pedro Ferreira
Foto: Nilson Silva (SECOM)