Há três décadas, o mundo debate sobre a forma como o ser humano trata esse bem esgotável hoje e como isso vai refletir no futuro das próximas gerações
Já imaginou viver sem água? Certamente a resposta é não, porque essa fonte natural esgotável é responsável pela vida na Terra. Alimentação, higiene, hidratação, simplesmente tudo o que se refere à vida e a sua qualidade passam pelo elemento água.
Esta terça, 22 de março, é o Dia Mundial da Água, data criada em 1992, pela Organização das Nações Unidas (ONU) no evento Rio 92, ocorrido no Rio de Janeiro naquele ano, com o objetivo de colocar em discussão assuntos importantes relacionados com esse recurso natural.
O diretor presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente de Gravatá – AMMA, Artur Teixeira, contextualiza a data. “Preocupadas com a finitude desse recurso natural e a escassez que vem sofrendo, com uma pressão antrópica muito grande, pelo desenvolvimento humano, a contaminação elevada pelo uso humano indiscriminado e ocupação de margens de rios e fontes, as Nações Unidas criaram esse dia com o propósito de despertar nas pessoas a consciência da importância desse recurso e da sua preservação”.
Em Gravatá, no distrito de São Severino, por exemplo, existem algumas nascentes, como o riacho que faz parte da bacia do Rio Sirinhaém. É um riacho que tem uma importância muito grande, não só para a cidade, como para todo corpo hídrico envolvendo todas as 19 cidades que ficam às margens da bacia do Rio Sirinhaém, como fala o diretor técnico da AMMA, Marconi Torres. “Estamos às margens desse riacho que abastece a bacia do Sirinhaém. Temos também a cachoeira da Palmeira, um local muito rico em água, a cachoeira do Tio, e todas essas águas abastecem a barragem de Amaraji. Ela tem esse nome porque está no leito do rio Amaraji, no município de mesmo nome, mas essa barragem é responsável por aproximadamente 90% do abastecimento de Gravatá. Ela abastece a barragem de Vertentes, que fica no município de Chã Grande, que através de bombeamento da barragem de Vertentes abastece a cidade de Gravatá”.
A natureza da Suíça pernambucana é variada e tem ecossistemas bem definidos, como explica Marconi Torres. “Gravatá é uma cidade que é muito rica em mananciais e ela é transitória de dois biomas bem definidos: brejo de altitude e caatinga. O segundo bioma, por ser de uma região mais de agreste, as águas são salobras, então não são águas muito próprias para o consumo humano. Ao contrário do brejo de altitude, onde temos água com sabor incrível, com uma temperatura muito boa e ela é totalmente voltada para o consumo humano, para a agricultura e floricultura. Existem várias famílias às margens dos riachos que usam essa água para a irrigação da produção”.
Um dos locais ricos nestas duas culturas, que são marcas fortes de Gravatá, é o Sítio Clipper, onde Artur Teixeira achou importante destacar: “Nós estamos na Estação Elevatória de Clipper, uma região rica em nascentes, e isso representa uma riqueza de recurso hídrico da região e abastece a agricultura familiar, as pessoas que trabalham no cultivo de flores e na subsistência para terem água para tomar banho, beber, afinal de contas a água é um recurso ambiental indispensável para a vida humana, para os meios de produção, como agricultura e a indústria também”.
Na última reportagem sobre o Dia Mundial da Água, que será publicada nesta quarta (23), a Prefeitura de Gravatá vai trazer sugestões para a manutenção da saúde deste recurso natural indispensável para a vida.
Reportagem: Ana Paula Figueirêdo
Fotos: Marcone Barros (SECOM)