13ª edição do Virtuosi teve início na sexta (14), segue no sábado à noite e retoma nos próximos dias 20, 21 e 22, oferecendo dois finais de semana de música erudita para moradores e visitantes
Os 150 anos de nascimento do compositor russo, Sergei Rachmaninoff, foi lembrado no recital apresentado pelo jovem pianista Luis Felipe de Oliveira, na manhã do sábado (15), na igreja Matriz de Sant’Ana.
Luis Felipe de Oliveira, que foi aplaudido de pé inúmeras vezes, disse: “o Virtuosi virou um patrimônio de Gravatá. Todo mês de julho a cidade tem uma atmosfera diferente por conta do festival e eu sou uma cria do Virtuosi. Sou de Gravatá, vinha assistir aos concertos, conheci música clássica, conheci piano, saí para estudar, fiz algumas aulas com a professora Ana Lúcia e se não me engano desde 2017 faço parte da Orquestra Jovem do Festival, algumas partes com piano, acompanhando recitais de alunos e desde 2019 eu faço recitais solo. O meu primeiro recital depois de formado pela UFPE foi aqui. Foi algo bem simbólico porque foi na minha terra natal e onde conheci música clássica. Poder tocar em Gravatá é sempre muito interessante, porque a gente está no centro da cidade, num dia de sábado de manhã, temos a feira livre ao lado, todo o ruído da cidade, mas as pessoas estão aqui sentadas, ouvindo, atentas e em certos momentos do recital a gente ouvia de fato o silêncio da igreja. Então, temos um público em Gravatá e é sempre uma alegria trazer um repertório sério e perceber que o público consegue absorver esse repertório mais denso”.
Charles Santos, comerciante de Gravatá e professor de inglês, já lecionou para Luis Felipe na época de escola e estava na plateia orgulhoso da prata da casa. “É uma coisa maravilhosa a continuação desse festival para nosso município, porque alavanca todos os processos da cidade. Com Gravatá em voga, a 13ª edição do Virtuosi enriquecendo o mês de julho novamente. E ter Luis Felipe junto com o Virtuosi é um presente a mais, um coroamento do festival, porque Gravatá se orgulha muito de ter mais um filho dela brilhando de Gravatá para o mundo. Isso é maravilhoso”.
Pedro Costa, 32 anos, jornalista, mora em Recife e tem segunda residência em Gravatá. Ele costuma participar do Virtuosi e apoia o interesse do poder público municipal por eventos desse estilo. “Vim prestigiar o festival que acompanho já há alguns anos e não poderia estar aqui em Gravatá e perder a oportunidade de ver esse espetáculo desses grandes músicos e é uma alegria muito grande. A cultura alimenta a população, serve de incentivo para os jovens que estão se inspirando com essa música a estudar, ter interesse pelas artes e é fundamental que o poder público invista e traga esses eventos para a cidade”.
Ana Lúcia Altino, diretora artística do XIII Virtuosi, “é um prazer enorme estar aqui, estamos na 13ª edição do Virtuosi, fico muito satisfeita e é muito gratificante saber que a prefeitura se interessa, quer continuar com o festival e espero que continue por muitos anos. É um público maravilhoso, a gente sente o calor, a vontade, é uma coisa que você faz e tem uma resposta. Na próxima semana recomeçamos, às 20h30, quinta, sexta e sábado. Todos estão convidados, é tudo gratuito, só entrar na igreja, a porta está aberta. espero que tenha aquele público que a gente sempre tem”.
Hoje, sábado (15), às 20h30, Ensemble Vocal Cantamus & Collegium Musicum do Recife, sob a regência do maestro Gilson Celerino, apresentam-se dentro da programação do XIII Virtuosi Gravatá, que está acontecendo na Igreja Matriz de Sant’Ana.
O XIII Virtuosi tem patrocínio da Prefeitura de Gravatá, por meio da Secretaria de Turismo, Cultura, Esportes e Lazer, do Ministério da Cultura, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e da Eólica Gravatá.
Reportagem: Ana Paula Figueiredo
Fotos: Nilson Silva (SECOM)