Pela primeira vez usuário do CAPS II – Nova Vida expõe seu produto na Fenearte

Publicado em 22 de julho de 2022, por Mathilde Souza | Categoria: CAPS

Rodolfo Ugarte tem 63 anos e há 40 anos trabalha com artesanato, mas depois das oficinas terapêuticas do CAPS retomou sua paixão pela arte

 

O argentino, Rodolfo Ugarte, 63 anos, está no Brasil há 40 anos e, desses, 22 no município de Gravatá. Sempre teve uma paixão forte pela arte, mas esse sentimento foi reaceso quando começou a frequentar o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II – Nova Vida).

 

Ele começou a produzir a mandala tridimensional que é um objeto com diversos movimentos e formas. Para Rodolfo é uma ferramenta de trabalho para ativar sua potência, além de ser uma forma terapêutica para desviar a atenção do cérebro e proporcionar bem-estar, tranquilidade e se tornar uma fonte de renda.

 

Com o resultado de sua dedicação e aprimoração, Rodolfo Ugarte, passou por todos os critérios exigidos pela feira e foi expor seu produto, que é a mandala tridimensional, na Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), no Centro de Convenções de Pernambuco. Dessa forma, ele é o primeiro usuário assistido pelo CAPS II – Nova Vida a participar da Fenearte e representou muito bem o município de Gravatá.

 

Para Rodolfo Ugarte foi muito importante participar desse evento grandioso e que atende público de vários países. “Para mim foi ótimo porque eu estava muito afastado do trabalho, de tudo, e graças ao CAPS, voltei! Não tenho muito a falar porque está na feira da Fenearte é muito bom e com muito orgulho digo que nosso material não tinha outra pessoa a fazê-lo, somos únicos”, enfatizou.

 

 

 

De acordo com o usuário da CAPS II – Nova Vida, o seu interesse em voltar a produzir as  peças é graças a unidade: “Fazer de novo é graças ao CAPS porque é como eu digo sempre, que quando a pessoa vem para cá se renova e renasce, até o CAPS tem o slogan que é Nova Vida”, disse.

 

O CAPS II – Nova Vida vem realizando um trabalho com seus usuários que cada vez mais se destaca por proporcionar oportunidades e incentivá-los a passar por cima dos seus limites, dificuldades e gerar sua própria renda.

 

Nas oficinas de arte terapêutica eles aprendem a fazer mandala (filtro dos sonhos), bandejas, colar decorativo, expressões de argilas e garrafas decorativas. Todo trabalho é manual com materiais vindos da natureza.

 

Cleuton Azevedo, é o professor da oficina de arte, fala da importância de ter essas oficinas os usuários que é uma forma de aliviar a tensão e descarregar as energias nos dedos: “O grande problema da saúde mental é que as pessoas às vezes são frágeis. E a pessoa que é frágil, que é uma pessoa sensível, ela passa até um peso. Então, resgatar essas pessoas diante dessas sensibilidades que elas têm e mostrar que elas têm capacidade de fazer algo e capacidade retomar a vida, de ver o mundo de outra forma”.

 

Era nítido ver o orgulho e felicidade de Patrícia Silva, coordenadora do CAPS II, por ver o primeiro usuário assistido pela unidade a expor seu produto na Fenearte. “Para mim é uma satisfação muito grande acreditar na arte como nós acreditamos enquanto equipe, enquanto serviço de saúde mental. Levando em consideração a reforma psiquiátrica e o cuidado em liberdade.  Então você vê um usuário do serviço tendo uma oportunidade de se inscrever, de passar pelos critérios de avaliação com seu artesanato, estar indo lá, vender, divulgar, se motivar, se mostrar, é dignidade para ele. Então, para mim é fazer valer o que a gente acredita no município de Gravatá enquanto saúde mental”, disse.

 

A coordenadora do CAPS aproveitou a ocasião para fazer seu agradecimento: “Quero aproveitar esse momento para agradecer ao prefeito Joselito Gomes por abrir as portas para o nosso CAPS. Em especial aos nossos parceiros da Secretarias de Turismo, Cultura, Esportes e Lazer e a de Desenvolvimento Econômico que promoveram a inscrição e a avaliação para que o nosso usuário, Rodolfo, pudesse participar. Muito obrigada a todos pelo carinho e envolvimento conosco”.

 

Reportagem: Mathilde Souza

Fotos: Nilson Silva (SECOM) /  coordenadora do CAPS II


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