Projeto musical da ETI Cônego Eugênio Vilanova representa Gravatá em resultado preliminar de seleção nacional

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Publicado em 08 de agosto de 2025, por Ana Paula Figueirêdo | Categoria: Destaque

As iniciativas selecionadas pelo Ministério da Educação farão parte de publicação que vai destacar Experiências Inspiradoras de Gestão e Projetos Pedagógicos em escolas de  tempo integral, cujo lançamento está previsto para o mês de outubro

 

 

 

A música tem o poder de transformar, de forma positiva, a vida das pessoas e a gestão da Escola de Tempo Integral Cônego Eugênio Vilanova, unidade de ensino municipal de Gravatá, localizada no bairro COHAB II, sabe bem disso.

 

 

A criação da Banda Musical Cônego Eugênio Vilanova, em 2022, foi uma dessas disciplinas que mudou a vida de muitos jovens para melhor, pois além de ocupar tempo que antes era ocioso, descobre talentos. Para ter uma ideia, muitos ex-alunos da escola seguem carreira nesta área, inclusive fazendo parte do corpo musical do Exército Brasileiro. 

 

 

Apesar do pouco tempo de formação, a banda é muito premiada e agora ela foi um dos projetos selecionados no resultado preliminar para integrar o Mapa Nacional de Experiências Inspiradoras de Gestão e Projetos Pedagógicos de Educação Integral. Ela está entre os 734 projetos destacados, de escolas de 709 municípios presentes em 25 estados. 

 

 

Realizado em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais, por meio do grupo Territórios, Educação Integral e Cidadania (Teia), o edital é uma iniciativa do Programa Escola em Tempo Integral e tem como objetivo identificar, mapear e divulgar experiências inspiradoras de gestão pública e de projetos pedagógicos de educação integral em tempo integral.   

 

 

Todas as iniciativas farão parte do mapa de experiências, publicação que vai destacar projetos e práticas inspiradoras, cujo lançamento está previsto para o mês de outubro. 

 

 

Cristiane Maria, gestora da escola, fala sobre a história da Banda Musical. “Essa ideia surgiu em 2022, após a pandemia, estávamos pensando como iniciaria o ano letivo. Foi quando a escola passou de regime regular para o regime integral em tempo integral. Na qual foi conquistada a eletiva de música. Já tínhamos os instrumentos, faltava apenas o professor”.  Foi aberta a Seletiva Municipal e o professor João ficou classificado para realizar esse trabalho na escola. “Esperávamos que a banda iria evoluir, porque a semente foi lançada e víamos a cada dia, a cada passo, como estava sendo conquistado o espaço do professor João com os nossos adolescentes”, afirmou a gestora. “É com grande alegria e satisfação que estamos nessa 1ª edição, representando nosso município no âmbito nacional. “O trabalho que está acontecendo na escola é um resgate de valores, socialização e valorização cultural”, reconhece a gestora.

 

Rosa Maria, coordenadora pedagógica da escola desde 2022, fala o que representa para a Cônego e para a banda fazer parte desse Mapa de Experiências Inspiradoras de Gestão. “Esse ano, ETI Cônego teve a oportunidade de participar dessa edição do mapeamento digital, que é uma plataforma onde o Ministério da Educação vai expor essa experiência inspiradora da ETI Cônego junto com outros 709 municípios. E é com grande alegria que a Cônego vai estar representando como escola integral, o nosso município”.

 

Gustavo Martins, aluno do 3º ano do Ensino Médio, toca saxofone na banda musical e fala sobre a participação dele no grupo. “Comecei a fazer parte da banda em 2022, quando começou a escola aqui em regime integral, vieram várias eletivas, entre elas a de música. Na época que eu estudava aqui, no 9º ano, e aí eu logo me interessei. O professor João começou a ensinar a gente a ler partitura, a tocar os instrumentos, e aí foi por vontade própria mesmo que comecei a estudar. E aí continuei até sair da escola. Continuei vindo pra cá pra estudar com ele. É muito interessante, né? Porque a gente começa assim e ninguém espera muita coisa. É como você vir pra uma escola qualquer e entrar numa aula de inglês e querer sair fluente. Você sabe que não vai se faz um curso à parte ou alguma coisa, mas a gente ficou fluente na música. Hoje é um caminho de uma carreira pra muita gente. Eu e algumas pessoas fizemos até provas para concursos militares de músico, fomos aprovados. Então você começa sem esperar nada e depois você descobre muita coisa e é muito legal. Gravatá é maravilhoso, tem muita oportunidade aqui”. 

 

Débora Lavínia, aluna do 2º ano do Ensino Médio, toca clarinete e viu a oportunidade de aprender música nesta participação. “Inicialmente, eu cheguei na escola e eu achei que não teria nada demais depois que foi o tempo integral. Achei que só teria aula de inglês, mas eu não achei que teria música. E desde pequena, tudo ligado à música, eu era muito interessada. Então, quando eu escutei que eu teria a oportunidade de ter aula de música e aprender um instrumento novo e participar da banda, eu corri atrás, foi com vontade própria. Inicialmente, eu queria falar da transversal, porque eu achei interessante a estética dela, que ela é pro lado, mas depois que eu ouvi e eu escutei o clarinete e ouvi o clarinete, eu achei o timbre dele muito macio e ele é um instrumento muito expressivo. É uma honra fazer parte dessa banda e também é muito bom ter essa oportunidade, porque abriu o leque de oportunidades para todos os alunos que participaram da banda. A gente também teve um caminho muito grande para conhecer pessoas que a gente admirava e até alguns de nós teve rumo para a profissão. Tem muitos que estão estudando para conseguir seguir a carreira da música para a vida mesmo”.

 

José João Gomes do Nascimento “João Netto”, é licenciado em Música pela Universidade Federal de Pernambuco, pós-graduado em Música, já fez Conservatório Pernambucano de Música, foi aluno do Centro de criatividade Musical e professor de música do município. Ao relatar com orgulho a trajetória e as conquistas próprias e coletivas com o grupo. “Quando cheguei, a banda era apenas de percussão. Disse à equipe gestora o desejo de transformá-la em um banda musical, porque gosto da musicalidade, da sonoridade”, afirmou.

 

Com apenas três a seis meses de treinamento, os alunos já estavam aptos a tocar e participaram do primeiro desfile de 7 de setembro. “Costumo dizer que os alunos são reflexo do professor. Participei desses campeonatos como aluno e quis levá-los pelo mesmo caminho”, destacou.

 

 

Com apenas três a seis meses de educação musical, os alunos já estavam mostrando aptidão para tocar e participarem do primeiro desfile de 7 de setembro. “Costumo dizer que os alunos são reflexo do professor. Participei desses campeonatos e festivais como aluno e quis levá-los pelo mesmo caminho”, destacou.

 

Ele relembra que, ao chegar à Gravatá, era o único professor de música licenciado do município. “Entreguei metodologia, direcionamento, tudo que um aluno precisa para entrar no mundo da música”, disse. Desde então, a banda acumulou títulos, como campeão e vice-campeonatos estaduais sendo a única escola municipal a participar nessa categoria musical. Recentemente, conquistamos o primeiro lugar no campeonato promovido pela associação de bandas e fanfarras do estado de Pernambuco, ABANFARE, mesmo com os músicos juvenis, competimos na categoria musical master e agora somos destaque nacional com a aprovação da nossa história em um edital de práticas exitosas. É um orgulho ver esse trabalho reconhecido”, celebrou. Por fim, ressaltou o potencial local: “Gravatá é um berço de artistas. Se a gente planta, a gente colhe”.

 

 

A ETI Cônego Eugênio Vilanova foi totalmente requalificada recentemente e passou a ser a primeira escola de tempo integral do município, com atividades no período da manhã e oficinas e disciplinas eletivas no período da tarde.

 

Reportagem: Ana Paula Figueirêdo

Fotos: Anderson Souza (SECOM)


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