Atividade é importante para educar cada vez mais funcionários a ter consciência racial e quebrar paradigmas repetidos pela sociedade no ambiente escolar

O trabalho por uma escola mais inclusiva e sem preconceito começa pela conscientização dos funcionários que fazem parte do universo escolar em adotar postura antirracista, sobreturdo com os estudantes com quem eles têm contato diário.

Pensando nisto, a Prefeitura de Gravatá, por meio da Secretaria de Educação, realizou o I Encontro Formativo da Estratégia PIA – Primeira Infância Antirracista, na manhã e tarde da quarta (23), na Escola Municipal Amenayde de Farias do Rego Barros.

No público, funcionários das escolas, desde porteiros, a merendeiros, trabalhadores das secretarias, manutenção, professores e gestores.

A coordenadora de Direitos Humanos da Secretaria Municipal de Educação, a professora Íris Barbosa, palestrou para o público atento e ela falou sobre esta formação. “A importância da gente trabalhar com políticas antirracistas voltadas para a educação é porque a maioria da população brasileira é negra, mas historicamente a gente não estuda, não valoriza essa história, essa contribuição do povo negro na nossa história brasileira. Então, quando as crianças estão na escola, elas ainda sofrem episódios racistas. Nós fomos educados a ser também racistas, então a gente tenta desconstruir essa questão, o racismo estrutural. A gente está aqui para isso, trabalhando com literatura, com educação infantil, trabalhando diretamente com o pessoal que atende as crianças, o pessoal administrativo, o pessoal da portaria, a merendeira, da secretaria, do pessoal que é responsável pela manutenção da escola, todo mundo é educador, todo mundo também tem que se reeducar e aprender a lidar melhor com essas crianças”.

A secretária de Educação, Joselma Melo, participou da atividade, junto com o secretário executivo da pasta, Nadjaécio Coelho. Ela considerou que “é importante nós fazermos esses encontros com todas as equipes que fazem parte das nossas escolas. Nós precisamos priorizar, principalmente, com esta temática antirracista, porque esse olhar precisa estar presente na vida de cada um dos nossos funcionários e fazer educação é isto, porque todos nós somos educadores, independente da função, do cargo que estamos oferecendo dentro da escola. Então todos precisam estar envolvidos para que possamos levar aos nossos alunos um olhar de equidade, onde todos possam ser tratados da mesma maneira, independente da cor da pele”.

Reportagem: Ana Paula Figueirêdo

Fotos: Ednaldo Lourenço (SECOM)