Data, que foi reconhecida pela ONU em 1992, marca a luta pela igualdade racial no mundo
A Prefeitura de Gravatá, por meio da Secretaria da Mulher, através da Diretoria de Cidadania e Diversidade, luta por uma sociedade mais justa e democrática nas ações que são tangíveis ao poder público municipal.
O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, comemorado no dia 25 de julho há 31 anos, teve um evento à altura da importância dessa data em Gravatá, no final da tarde da terça (25), no secular Memorial de Gravatá.
No evento cheio de cultura, o público contemplou aula de história, com a professora Iris Barbosa, especialista em História e Cultura Afro-brasileira; música, com apresentações das cantoras Keyla Moura e Andrea Santos, além do cantor e músico Cláudio; artesanato, com a artesã Fabi Lima, que expôs lindas peças feitas com a técnica macramê; poesia, com declamação de “O Navio Negreiro”, de Castro Alves, pelo multi-artista gravataense Mozart Oliveira; dança, com apresentação da bailarina Grazielle Cristine, do Corpo de Dança da Escola de Ballet e Dança Fyamma Gabriella. Encerramento com o Grupo N’Agolo Capoeira Mestre Dionísio, do Mestre Ailton Muriçoca.
Foram registradas as presenças de representantes dos Povos de Terreiros: Calina de Oyá, Rosa de Xangô, Gi de Oxum e Mari de Yemanjá.
Andrea Santos, cantora, considerou que “eu, como gravataense, é muito significante e uma bênção divina o prefeito está abraçando essa área. Hoje, o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, é uma satisfação enorme estar fazendo parte desse evento aqui em Gravatá com o apoio desse prefeito maravilhoso”.
Calina Oyá, ekedi, também falou: “É de suma importância esse evento, porque a mulher está conquistando cada dia mais o seu espaço. Nós só temos a agradecer à Prefeitura de Gravatá, ao prefeito, à secretária da Mulher, e volto a dizer que nós temos que ocupar nossos espaços, reivindicar nossos direitos, pois a mulher deve ficar aonde ela quiser”.
Ester Gomes, secretária da Mulher de Gravatá, destacou o trabalho da gestão municipal na área. “Essa é mais uma iniciativa da Prefeitura Municipal de Gravatá, através da Secretaria da Mulher e da Diretoria de Cidadania e Diversidade, e que tem como objetivo a gente poder agregar pessoas nessa iniciativa, que dá ênfase à importância cultural, do resgate das raízes africanas, da ancestralidade, especificamente da mulher negra. Desse modo, nós organizamos esse evento, uma série de pessoas que deram sim para estarem nessa tarde de hoje conosco, artistas da nossa terra. Apresentação de poema, música, de dança e a ideia de fato é poder convergir o maior número de pessoas e a gente tem o momento da roda de diálogo, onde vamos fazer o resgate histórico da importância do 25 de julho e por essa razão a gente busca dar ênfase e cada vez mais poder trazer visibilidade à essa política da negrita, da diversidade racial, através de demonstrações como essa, trazendo a cultura para o centro da discussão e fazendo ao mesmo tempo um momento de descontração, leveza e sobretudo resgate da história”.
História – No Brasil, a Lei 12.987/2014 estabeleceu o 25 de julho como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, que além de compartilhar dos princípios do Dia Internacional estabelecido em 1992 e reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), também tem o propósito de dar visibilidade para o papel da mulher negra na história brasileira, através da figura de Tereza de Benguela, conhecida como “Rainha Tereza”, que viveu no século XVIII, no Vale do Guaporé, fronteira do Mato Grosso com a Bolívia, e liderou o Quilombo de Quariterê na resistência contra o governo escravista e coordenou as atividades econômicas e políticas do Quilombo. (Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/geral/audio/2023-07/2507-dia-internacional-da-mulher-negra-latino-americana-e-caribenha)
Reportagem: Ana Paula Figueirêdo
Fotos: Anderson Souza (SECOM) e cortesia Secretaria da Mulher