Janeiro Roxo: mês de conscientização sobre a Hanseníase é abordado com ações de saúde em Gravatá

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Publicado em 13 de janeiro de 2022, por Filipe Vasconcelos | Categoria: Destaque

Ações educativas e preventivas chegam à população para que tenham conhecimento da doença, seus sintomas e tratamento

 

 

Hanseníase tem cura! Essa não é uma notícia nova, mas ainda há muita desinformação, preconceito e vergonha quanto à doença. O mês de janeiro foi escolhido em 2016 pelo Ministério da Saúde como o mês de conscientização sobre a Hanseníase, sob a cor roxa, para levar a população ao conhecimento do tema para a prevenção e tratamento. Por isso, pensando no bem-estar e na saúde dos munícipes, a Prefeitura de Gravatá, por meio da Secretaria de Saúde, realizará, neste mês de janeiro, ações na rede municipal de saúde para que a doença deixe de ser um tabu.

 

A Hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, que afeta os nervos e a pele e é causada por um bacilo chamado Mycobacterium leprae. Os seus sintomas e sinais mais frequentes são: manchas (brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas) e/ou área(s) da pele com alteração da sensibilidade térmica (ao calor e ao frio) e/ou dolorosa (à dor) e/ou tátil (ao tato); comprometimento do(s) nervo(s) periférico(s) – geralmente espessamento (engrossamento) –, associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas; áreas com diminuição dos pelos e do suor; sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés; diminuição ou ausência da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés; caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos. 

 

 

O tratamento é totalmente gratuito e pode ser feito em um posto de saúde e se dá da seguinte forma: a partir do diagnóstico dermatoneurológico do paciente, que identificará o tipo de Hanseníase que este porta (Hanseníase Paucibacilar – PB ou Hanseníase Multibacilar – MB), o médico receita ao paciente a associação dos medicamentos antimicrobianos rifampicina, dapsona e clofazimina. Este tratamento é denominado Poliquimioterapia Única (PQT-U) e pode durar entre seis meses (para PB) e doze meses (para MB). Durante o período da PQT-U, a pessoa com Hanseníase deve comparecer ao consultório médico uma vez por mês para avaliação e recebimento de suprimento mensal dos medicamentos. Os amigos mais próximos, colegas de trabalho e familiares da pessoa infectada devem passar também por exames para identificar a presença ou não do bacilo em seu organismo, visto que o período de incubação da enfermidade pode durar entre 2 e 7 anos até a manifestação dos primeiros sintomas ou sinais. Mesmo com expectativa de tempo de tratamento de até 12 meses, já a partir do primeiro mês de administração dos fármacos, o enfermo deixa de transmitir a doença.

 

O município tem realizado ações ao longo do mês em todas as unidades de saúde do município, com informações para que os usuários consigam identificar possíveis lesões que possam ser da doença e, assim, procurem auxílio médico para o tratamento e, com o conhecimento, evitem o contágio por outras pessoas, que acontece quando uma pessoa portadora da doença elimina o bacilo pelas vias aéreas, através de espirro, tosse ou alguma outra forma que expila gotículas de saliva.

 

 

Confira abaixo o calendário de ações do Janeiro Roxo no município:

  • Durante todo o mês – ações educativas nas unidades de saúde do município
  • Dia 14 – entrega de fluxo com orientações e direcionamento para as clínicas particulares
  • Dia 19 – panfletagem e cartazes em prédios com grande circulação de pessoas
  • Dia 21 – palestra Hanseníase no Posto I + avaliação clínica dos sintomáticos por demanda espontânea
  • Dia 27 – dia alusivo aos pacientes

 

O autoconhecimento é fundamental para a identificação e tratamento da doença. Fique atento às manchas que surgirem em sua pele e procure orientação médica para obter êxito na cura da Hanseníase.

 

 

Reportagem: Filipe Vasconcelos


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