Atendimento acontece no Parque da Cidade, das 8h30 às 16h, com profissionais que atendem no município
O estacionamento do Parque da Cidade, em Gravatá, recebe a carreta do projeto Roda Hans, uma iniciativa do Ministério da Saúde, em parceria com o Governo de Pernambuco e a Prefeitura de Gravatá.
A carreta, climatizada, é toda equipada e possui cinco consultórios e um laboratório, está atendendo pessoas que foram abordadas pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e agendados na USF e também às que procurarem a carreta de forma espontânea.
Maria José, de 53 anos, agricultora, fala como conseguiu o atendimento no primeiro dia da estrutura em Gravatá, que foi nesta quarta (16). “Na minha comunidade tem um postinho, que é Sítio Casa Nova, e eu comentando que tinha umas manchinhas na pele e minha Agente de Saúde marcou para mim hoje. Gostei bastante e a cidade está de parabéns e essa estrutura da carreta é maravilhosa. A gente pensa que é uma carreta normal, mas quando entra é um palácio, parece uma casa. Estão de parabéns o Governo do Estado e o prefeito”.
Maria do Carmo, técnica da Coordenação Estadual do Programa de Hanseníase, explicou que “a proposta da carreta aqui é a detecção dos casos precoces da doença. Ela é da Novartis, em parceria com o Ministério da Saúde e o Governo de Pernambuco, junto com a IV GERES e a coordenação municipal de Gravatá. Ela está rodando o Brasil desde janeiro e visitou cinco estados e o último é Pernambuco. Alguns municípios foram selecionados pela equipe do programa como Garanhuns, Paulista, Ipojuca, Gravatá foi um deles. Uma das propostas foi ir aos locais onde a gente tinha quantidade de pacientes detectados anualmente e houve uma diminuição, por isso investimos nesses locais”.
Júnior Mayer é enfermeiro da Vigilância Epidemiológica de Gravatá e orienta sobre o atendimento da doença no município. “A ação da carreta veio para fortalecer o programa que já tem no município para detectar os casos em tempo oportuno de pacientes com sintomatologia, com manchas na pele que não sente dor pedimos para caso esse paciente tenha esses sintomas procure as unidades de saúde correspondente ao seu bairro para fazer o tratamento adequado e evitar as complicações”.
O secretário de Saúde de Gravatá, Laércio Lemos, reforça que a cidade já tem o programa que trabalha com a prevenção, diagnóstico e tratamento da hanseníase. “Essa é uma união de forças dos governos federal, estadual e municipal para tentar aprofundar os conceitos da doença, pois é uma carreta que também traz informações aos médicos do município e trazer esse serviço à população de Gravatá, de quem tem um pré-diagnóstico possível de hanseníase. Reforçamos que os Agentes Comunitários de Saúde já passam nas residências para realizar um trabalho preventivo e orientações de onde ele deve se dirigir para ter esse tipo de atendimento específico”.
O prefeito Joselito Gomes acompanhou os atendimentos na tarde da quarta-feira e destacou o serviço prestado pelos profissionais: “Estão sendo atendidas aqui as pessoas que já passaram por algum tipo de acompanhamento através dos Agentes Comunitários de Saúde e de pessoas que estão passando, de forma espontânea, e que apresentam algum tipo de sintoma a necessidade de um trabalho de prevenção e acompanhamento para que haja uma atenção maior para as pessoas que estão vivendo essa situação. Essa parceria é muito importante e vem nos dar uma força maior junto com o Ministério da Saúde e Governo do Estado para as pessoas que estão vivendo com esta doença e todo esse trabalho acontece com a nossa Secretaria de Saúde, porque nosso compromisso é com as pessoas”.
O atendimento da carreta Roda Hans nesta quinta (17), em Gravatá, é das 8h30 às 16h.
Hanseníase – De acordo com o Ministério da Saúde, a hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, de evolução crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Atinge principalmente a pele, as mucosas e os nervos periféricos, com capacidade de ocasionar lesões neurais, podendo acarretar danos irreversíveis, inclusive exclusão social, caso o diagnóstico seja tardio ou o tratamento inadequado. Em 1995, como iniciativa inovadora para ressignificação social da doença, o Brasil determina através da Lei nº 9.010, que o termo “lepra” e seus derivados não podem mais ser utilizados na linguagem empregada nos documentos oficiais da Administração centralizada e descentralizada da União e dos estados. (Fonte: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hanseniase)
Serviço:
Roda Hans
Quinta, 17 de novembro
8h30 às 16h
Estacionamento do Parque da Cidade
Reportagem: Ana Paula Figueirêdo
Fotos: Anderson Souza (SECOM)