Tratar a água com respeito é dever de todos e o poder público de Gravatá luta pela manutenção desse recurso importante da natureza no município

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Publicado em 23 de março de 2022, por Ana Paula Figueirêdo | Categoria: Destaque

Prefeitura convoca população para fazer parte desse contexto da preservação desse recurso tão importante para a qualidade de vida

 

 

Na primeira reportagem sobre o Dia Mundial da Água, data que foi celebrada ontem, dia 22 de março, foi possível conhecer a formação hídrica de Gravatá, com suas nascentes, riachos e cachoeiras.

 

Nesta segunda reportagem especial, a proposta é mostrar como cada pessoa é protagonista na preservação desse recurso natural tão importante para a manutenção da vida no planeta Terra.

 

 

Artur Teixeira, diretor presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente de Gravatá – AMMA, explica que “embora o planeta seja recoberto por água em dois terços, apenas 0,08% da água que recobre o planeta é própria para o consumo humano. É muito importante que as pessoas despertem para a questão da relevância do recurso hídrico, da sua conservação, que não seja contaminado, que seja dado a ele o uso racional, porque além de indispensável para vida humana, ela é distribuída de forma irregular. Nem todo lugar é abastecido por água com a mesma riqueza quanto outros locais. É importante que se dê atenção de que não podemos degradar, poluir, envenenar, cuidar das matas ciliares, que são indispensáveis para a conservação desses recursos hídricos, das nascentes”. 

 

O diretor presidente da AMMA de Gravatá ainda alerta que “sem que a nação contribua com isso, tome consciência e incorpore no seu modo de vida o cuidado com a água e com o meio ambiente, fica impossível para o poder público controlar tudo. Imagine uma cidade como Gravatá, perto de 87 mil habitantes, se as pessoas não agem com bons atos com o meio ambiente, no trato com a água e conservação dela, uso rápido, racional, ficaria impossível para o poder público controlar isso e proporcionar à população a qualidade adequada e a conservação da água necessárias para uma qualidade de vida boa para as pessoas”.

 

 

Existem meios relativamente simples das pessoas tratarem da água, que passam desde a utilização de fossas sépticas em suas casas, para que o esgoto produzido não corra para o meio ambiente, não vá para as nascentes, como o cuidado na destinação do lixo, para que não vá para os rios e não contamine o solo. 

 

“Uma vez que o solo esteja contaminado fatalmente isso leva à contaminação por meio da água da chuva, que é levado para o lençol freático e contamina a água e prejudica as pessoas que fazem uso dela. São medidas que podem ser incorporadas pelas pessoas no seu cotidiano e que tem grande repercussão na qualidade da água e na qualidade de vida das pessoas, tanto as atuais, quanto as gerações futuras. Pela Declaração Universal do Direito das Águas esse recurso deve ser encarado não só como um recurso das gerações passadas para a gente, mas como se a gente estivesse tomando por empréstimo aquilo que pertence às gerações futuras. Se a gente toma por empréstimo aquilo que pertence às gerações futuras tem que ter a consciência de usar aquilo com responsabilidade, sem desperdício e usar de forma racional para que não falte para ninguém”, pontua.  

 

 

O diretor técnico da AMMA, Marconi Torres, também puxa essa responsabilidade para todos: poder público e população. “Temos o compromisso com nós mesmos para cuidarmos da água. A água é um bem de todos e é o bem mais precioso que temos, porque sem água não temos alimentação. Temos que cuidar para não jogar lixo, as pessoas que plantam nas margens dos riachos não usarem agrotóxicos, estimular a agricultura orgânica para que também dessa maneira exista agricultura e exista uma água boa para o nosso consumo humano”.  

 

Artur Teixeira conclui que “apesar de vivermos em um lugar dito planeta água, que é recoberto a sua maior parte por água, apenas uma parte pequena desse recurso é passível de consumo pelo ser humano e a purificação e o tratamento da água para o consumo humano é uma tecnologia limitada e cara, dispendiosa, então não é viável tratar a água dos oceanos, por exemplo, para o consumo humano. Você tem que se preocupar em cuidar daquilo que já está pronto para o consumo humano e não degradar. Se as pessoas não despertam para essa necessidade, essa importância, é difícil para o poder público sozinho combater a degradação e o mau uso dela”. 

 

 

No Brasil, as margens dos rios são consideradas Áreas de Preservação Permanente (APP)  e a Lei Federal 12.651/2012 proíbe o corte da vegetação desses locais e do entorno de nascentes. Entre as razões para essa proibição é que a vegetação dessas áreas exerce um papel importante na conservação dos recursos hídricos. 

 

Entre alguns trechos presentes na Declaração Universal do Direito da Água estão: a água faz parte do patrimônio do planeta; Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados; O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos; A água não é somente herança de nossos predecessores. Ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores; A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada; A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social; O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

 

Reportagem: Ana Paula Figueirêdo

Fotos: Marcone Barros (SECOM)


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